20/03/2006 - Manifesto pela moralização da arbitragem
O Ba-Vi do dia 17/03 prometia. Mesmo antes do início da partida, uma pequenice já anunciava seu destino. A arbitragem vestia a camisa do time de preto (que era .... preta).
Avulsos a esse detalhe, os gladiadores da bola entraram em campo e, saltitantes, iniciaram a peleja. Aos poucos minutos, os atletas da equipe rubra já viram-se bombardeados por cartões amarelos. E o pior ainda estava por vir.
Faltas apitadas no grito, seguidas do incrível fenômeno de os jogadores pararem a jogada antes do juiz apitar (acostumados ao lema "pediu, parou"), levaram ao descrédito aquele que deveria ser o "paladino da justiça futebolística".
Então, pode-se imaginar certos lances ocorridos na partida, como o cartão vermelho dado injustamente a um jogador dos vermelhos (causando sua retenção por 2 minutos), verdadeiras carniçarias aplicadas pelos jogadores que defendiam a camisa negra e a contusão de um jogador escarlate ao tirar a bola para lateral (e o juiz nem deu um cartão à redonda!).
Mas a polêmica veio num lance em que o atacante dos de preto recebeu a bola com o braço antes de chacoalhar as redes da meta vermelha. O gol, segundo o árbitro fora legítimo, mas o marcador do gol confessaria minutos depois que realmente dominara com o braço.
Pouco tempo depois, mais um homem dos bravos guerreiros vermelhos cai ao chão, com o tornozelo dolorido em mãos. O jogo seguiu, afinal, o oponente "foi na bola". E gol, novamente
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A audácia judicial chegou ao seu limite perto do final da partida, quando o do apito, ao ver o sr. Leôncio Morsa chegar, criou uma nova lei, ainda não adicionada ao livro de regras do futebol society: "O TIME QUE FIZER GOL PRIMEIRO GANHA!". E o time de preto venceu. Há relatos de testemunhas que afirmam ter ouvido o seguinte: "O TIME DE PRETO QUE FIZER GOL PRIMEIRO GANHA!", mas os depoimentos ainda estão passando por perícia.
E o que o senhor juiz disse ao fim da partida? Alegou que a jogada em que o jogador dominou a bola com o braço nem foi gol (triste engano), e que se soubesse que o artilheiro confessara a infração o expulsaria, mas que depois ainda compensou, dando um pênalti, que não foi, aos vermelhos (por sinal, foi pênalti sim).
Por fim acabou rendendo-se e mostrando o extrato da sua conta, que provava que o não tão ajuizado juiz recebeu depósitos de diversos cartolas dos vencedores, além de um Table-Mate em conjunto com o organizador de controles remotos e um pônei escandinavo. |
Com arbitragens como essa, quem um dia terá coragem de levar sua prole aos jogos?Queremos CPY! Moralização já!
reportagem por X-Tramontina (comentários afiados)
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