História do Yes
- O início
A vida nem sempre foi fácil para o time, hoje galático, do Yes! Nós Temos Camisas.
Este foi o nome dado pelos ingleses e brasileiros que introduziram o futebol em Jundiaí na época de ouro da estrada de ferro Santos-Jundiaí, como sátira àqueles que jogam futebol dividindo os times entre os ‘sem camisa’ e ‘com camisa’.
Quando Eloy Chaves recebeu em sua fazenda (foto abaixo) seu simpático amigo, Charles Miller, poucos imaginavam a história que estava sendo iniciada. O ano era 1904, e Charles, ou Carlinhos, trazia consigo uma bola de capotão nas mãos e uma idéia na cabeça. Era o início do futebol nas Américas.
Muitas pessoas importantes de Cabreúva, Jundiaí e região hostilizaram Eloy e Charles. Porém, mesmo com a pilhéria ostentada por Eduardo Tomanik e seus capangas, eles foram em frente.
Para ajudar no processo do nascimento do futebol no país, tiveram rapidamente a brilhante idéia de chamar um especialista no assunto: o doutor Jaime Cintra.
Ele pode ser visto na foto abaixo em pé, à esquerda do time campeão daquela época. |
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Time campeão do início do século contava com atletas que se tornaram nomes de ruas da cidade |
Na sequência, vemos na fileira de cima:
JJ Rodrigues, assessor de imprensa (função inovadora para a época)
1 - visconde de mauá, goleiro
2 - samuel martins, lateral direito, aproveitando as "avenidas" deixadas pelo time adversários
Na fileira central, estão:
3 - Senador Fonseca, marcador atento e pouco faltoso, antecessor de Gamarra
4 - Regente Feijó, zagueiro parrudo e cheio de vigor físico,
5 - Frederico Ozanan, volante de porte físico diminuto, com pouco talento mas muita raça dentro das quatro linhas
6 - Aernando Arens, lateral esquerdo
e Dr. Paulo Sacramento, médico e preparado físico.
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Embaixo, sentados, estão:
7 - Visconde de Taunay, trazido da França para o YNTC. Isto abriu espaço para o intercâmbio de atletas entre América do Sul e Europa
8 - Odil Campos Sales (o "dil"), meio campo dotado de muita visão - tanta visão que mais tarde fundou o Mercadão da Vila Arens
9 - Barão de Rio Branco, centro-avante que tinha o cabeceio como arma letal
10 - Marechal Deodoro, meia-esquerda, camisa 10 da formação inicial do YNTC
11 - tibiriça, ponta-esquerda franzino, ágil e envolvente
Quarenta e tantos anos após sua fundação, a torcida Y!NTCista conheceu seu melhor esquadrão, que na temporada 1949-50 conquistou nada menos que 63 vitórias em 63 jogos, atuando contra grandes equipes como o Paulista, o Central da Ponte Torta e o Dínamo da Vila Rami. Na foto abaixo, podemos ver os engravatados
Dr. Hegg, médico e omeleteiro oficial do clube, e
José do Patrocínio, homem forte do YNTC nesta fase vitoriosa e primeiro publicitário de Jundiaí.
Os jogadores:
2 - Frei Caneca, lateral-direito que teve rápida passagem pelo futebol e se converteu após uma contusão no joelho
3 - Bonfiglioli, zagueiro central do YNTC com glúteos avantajados, carinhosamente apelidado pelas assanhadas fãs da época como "Marrom Bombom"
1 - Zacharias de Góes, o divertido goleiro que durante anos convidava seus amigos Dedé e Mussum para as confraternizações do elenco
4 - Romão de Souza, pesado e gordo zagueiro, que mais tarde se formou em medicina e deu nome ao ginásio Bolão, Dr. Romão de Souza
5 - Geva, letrado volante do YNTC que fundou em 1971 uma agradável escola na Vila Progresso
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Logo abaixo:
6 - General Carneiro, lateral-esquerdo, bisavô de Biro-Biro com sua cabeleira encaracolada
7 - Barão de Teffé, veterano ponta-direita que faltava constantemente aos treinos para visitar a Baronesa do Japi
8 - Capitão Curado, volante vigoroso, conhecido antes da séria contusão apenas como Capitão!
9 - Eduardo Tomanik, leve e ágil, este canhoto centroavante fez sucesso no YTNC com exímias cobranças de falta
10 - Rangel Pestana, vulgarmente conhecido como Soneca, sonolento meia-esqueda que tinha lampejados de genialidade tal qual o meia Alex, ex-Cruzeiro
11 - Rosário, ponta-esquerda nordestino que fez carreira e ficou rico no YNTC, adquirindo imóveis na região atualmente conhecida como Rua do Rosário
Mas, apesar de muito vitorioso, este time de 1950 já era veterano e indisciplinado. Após a derrota para o Uruguai na Copa do Mundo em pleno Maracanã, metade daquele sensacional esquadrão caiu na bebedeira e começou a sofrer seguidas derrotas.
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E, quando surgiu no Santos Futebol clube o menino Pelé, que havia sido reprovado na peneira que realizou no Nou Park, o Y!NTC mergulhou na pior crise de sua história.
Fechou as portas em 1961, e só as reabriu em 2000, quando o rei completava 60 anos e o Y!NTC foi ressucitado. |
Os projetos para a retomada são grandiosos. Eles incluem até mesmo a construção de uma gigante arena multiuso para 103.000 pessoas, proposta pelo arquiteto inglês Norman Foster, o mesmo que projetou o Novo Estádio de Wembley.
De 2000 a 2003 a diretoria tratou de arrumar a casa para, em 2004, ano do centenário do time, lançar uma série de iniciativas, entre elas o site e a volta às origens com o novo uniforme, inspirado no elegante manto que nossos jogadores vestiam no início do século 20.
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2005 marcou o retorno do vermelho usado pelo esquadrão de 50 e a assinatura do contrato com a Adidas, que incluiu a divulgação do Y!NTC na Europa.
Tal divulgação contou até com a participação do principal garoto-propaganda da marca alemã, o inglês David Beckham, |
Em 2005 também foi apresentada a figura definitiva do único elemento que faltava ao Y!NTC: o mascote. Torto.
Uma homenagem ao maior símbolo jundiaiense, a Ponte Torta. Reza a lenda, que a ponte se transforma no monstro de alvenaria e, durante a noite, defende os jundiaienses do mal.
O ano de 2006 foi o ano da consolidação Y!NTCista no cenário futebolístico nacional. O site www.yntc.com.br, que contém todos os dados do presente e do passado do time, ficou entre os 3 melhores sites do país na categoria esportes/pessoal no Prêmio iBest de 2006!
A incrível trajetória do time ganhou destaque em jornais e até programas esportivos.
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Para 2007 os planos incluem uma pré-temporada na China, bancada pela Adidas, uma parceria com o Instituto Ayrton Senna para a divulgação do órgão nos nossos jogos e o início das obras da Arena Carlos Reani, visando a Copa de 2014 que será realizada no Brasil.
Recordes do Yes! Nós Temos Camisas
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Ele
veste a camisa
Ditão é o recordista de jogos
pela equipe: 2208 partidas.
Ele foi zagueiro do Y!NTC da Floresta entre os anos
de 1904 (fudação) e 1950. Começou
e encerrou sua carreira no time de Nou Park.
Parou de jogar aos 64 anos, após um grave
problema de unha encravada. |
Armando
o pagode na cozinha do adversário
Borba é o atacante recordista
de gols do time, com a incrível marca de
1286 gols, que ocorreram entre os anos de 1923
e 1951.
Antes de jogar e fazer sucesso no Y!NTC, Borba
atuou pelo Ypiranga e pelo Germânia. Depois
do Yes da Floresta, foi internado na casa de repouso
Santa Gertrudes, e montou uma escolinha de futebol
para idosos. |
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Invencível
O mais longo período sem derrotas do Y!NTC
ocorreu entre janeiro e março de 1914.
Neste período o time venceu 3 jogos, empatou
2 e não perdeu nenhum jogo.
A marca é ainda mais impressionante se
considerarmos que o Yes só voltou a jogar
em 1919, após a 1a. Guerra Mundial.
Com
isso, chegaríamos a 5 anos de invencibilidade!
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